A polêmica sobre os gastos com dinheiro público para contratação de shows e na mira estão as apresentações dos cantores sertanejos que geralmente cobram um cachê bastante considerável.
Tudo começou depois que Zé Neto que faz dupla com Cristiano que durante um show afirmou que não precisava de dinheiro público para pagar pelos shows da dupla, fazendo referência à Lei Rouanet e muito menos tatuar o ‘tob*’, para fazer sucesso mandando uma indireta para Anitta.
“Nós somos artistas que não dependemos da Lei Rouanet. Nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no ‘tob*’ para mostrar se a gente está bem ou mal. A gente simplesmente vem aqui e canta, e o Brasil inteiro canta com a gente”, afirmou o cantor.
Depois da afirmação de Zé Neto começaram a ser expostos nas redes sociais valores pagos por prefeituras para realização de shows, a apresentação na qual o cantor afirmou não precisar de dinheiro público, ficou comprovado que a prefeitura de Sorriso (MT), pagou 400 mil reais a dupla sertaneja.
O Ministério Público instaurou a CPI do Sertanejo e cerca de 24 municípios estão sob investigação, inclusive Sorriso.
Os moradores da cidade de Teolândia, localizada no interior da Bahia fizeram um protesto contra o cancelamento do ‘Festival da Banana’, na tarde desta terça-feira (3). O cancelamento aconteceu após uma decisão da Justiça.
Segundo as apurações o evento que teria 28 apresentações custaria aos cofres públicos do município R$ 2 milhões, o que corresponde a 40% do dinheiro gasto pelo poder público local com a saúde durante o ano de 2021.
A grande atração do festival que aconteceria neste fim de semana era o cantor Gusttavo Lima que receberia o cachê de 700 mil reais.
Após o início da CPI do Sertanejo, várias prefeituras estão cancelando shows e eventos.