Condenada à pena capital, uma mulher iraniana faleceu antes de ser colocada na forca. A sentenciada foi vítima de tortura psicológica antes do cumprimento da pena, sendo obrigada a visualizar outras 16 execuções. Com a pressão, acabou sofrendo uma parada cardíaca, vindo a óbito. Mesmo assim, os carrascos levaram o cadáver ao enforcamento, tendo vista tratar-se de uma determinação judicial.
De acordo com o jornal britânico The Mirror, o fato ocorreu em 2021. Todavia, a história vinha sendo acobertada pelo governo do Irã, que vive em um regime ditatorial. Organizações de direitos humanos que atuam no país divulgaram o caso para a imprensa internacional.
Zahra foi condenada suspeita de tirar a vida de seu próprio marido, um funcionário sênior do Ministério da Inteligência do Irã. De acordo com as informações, a mulher não suportava os constantes castigos aos quais era submetida pelo homem, tomando a decisão assassiná-lo em 2017 como um ato de revolta.
Além dela, os filhos, que supostamente dormiam no instante do homicídio, também foram presos acusados de “conspiração”. Tratam-se de uma jovem, que foi condenada a cinco anos de prisão, e um rapaz, que recebeu sentença absolutória, sendo inocentado.
Inicialmente, o governo do Irã negou que a mulher tenha sido vítima de uma para cardiorrespiratória. A informação sequer consta em sua certidão de óbito. Todavia, conforme apurado pelas organizações de direitos humanos, trata-se de uma tentativa do governo de fugir das graves imputações.