Caso Discord: reportagem expõe perigos que se escondem nas redes sociais

Plataformas se tornaram esconderijo para criminosos.

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No último domingo, o Fantástico trouxe ao ar uma reportagem que abre reforça a importância de discutir meios de regulação das redes sociais na web.

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Muitas plataformas se tornaram esconderijos perfeitos para todo tipo de prática criminosa por terem sido construídas sobre uma ideia de liberdade de expressão irrestrita e privacidade.

Embora esses sejam direitos constitucionais de muitos países, incluindo o Brasil, a balança entre garantir direitos e coibir crimes tem sido prejudicada, na análise de alguns especialistas, o que gera um desafio para o poder público e a Justiça.

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A plataforma alvo da reportagem é o Discord, uma espécie de fórum online onde usuários podem discutir livremente sobre diversos assuntos, além de poderem também compartilhar mídias e até abrir transmissões em tempo real.

Para se ter ideia da gravidade do problema, não é apenas o Brasil que discute meios de inibir a prática de crimes através da web. Nos EUA, o próprio Discord esta no centro de uma disputa judicial que tem fomentado discussões.

A reportagem trouxe ao ar denúncias de como a plataforma tem sido usada de forma criminosa. Um dos casos, que chegou a ser noticiado em setembro do ano passado, envolve uma menina de 13 anos que torturou um gato e incendiou a própria casa.

A atitude era encorajada por membros da comunidade da qual ela participava no Discord. Vídeos da criança torturando o animal foram livremente compartilhados na plataforma. Tentando atear fogo no animal, ela incendiou a própria casa e não demostrou nenhum arrependimento com a situação.

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Outros vídeos mostram menores e jovens se automutilando com lâminas. Publicações incentivando a prática, e até mesmo incentivando suicidio, também são encontradas na plataforma.

Segundo a reportagem, grupos extremistas, incluindo células nazistas, também se organizam através da plataforma.

No Brasil, a lei atual não responsabiliza as plataformas pelo conteúdo compartilhado pelos usuários. Ao mesmo tempo, as plataformas são obrigadas a excluir o conteúdo apenas mediante ordem judicial.

O parlamento discute um projeto de Lei que altera essas regras, que ficou conhecido como “PL das Fake News”, mas que debate muito mais do que isso.

Roberta R

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