Avó da menina de 10 anos que ficou grávida, pode ter sido pressionada para recusar o aborto

O caso da menina de 10 anos que ficou grávida após ser abusada se tornou o assunto mais comentado nas redes sociais neste último final de semana, o tio dela é o principal suspeito e a polícia está procurando por ele.

A Justiça autorizou o aborto, mas como o hospital no Espírito Santo alegou não ter condições técnicas de realizar o procedimento, a criança foi levada para o Recife, só que as informações que eram sigilosas acabaram vazando.

De acordo com a menina, ela começou a ser abusada pelo tio quando tinha apenas 6 anos de idade, no sábado ela foi internada no Hospital das Clínicas, em Vitória. O portal G1 conseguiu entrar em contato com os avós da criança, mas eles preferiram não comentar nada a respeito.

Só que o Ministério Público está desconfiado de que os avós da menina estavam sendo pressionados por grupos de pessoas para que não aceitassem a interrupção da gravidez da netinha.

A Promotoria da Infância e da Juventude de São Mateus ainda está investigando se essas pessoas foram à casa da família para pressionar a avó, fazendo com que ela não autorizasse o aborto.

O ministro Humberto Martins, que é corregedor nacional de Justiça, informou ontem ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo que dentro de no máximo 48 horas quer todas as informações a respeito do que está sendo feito em relação a este caso.

O Tribunal de Justiça afirmou que estará cumprindo a legislação, não aceitando nenhuma influência religiosa, moral ou filosófica. Um grupo de religiosos foi para a porta do hospital em Recife, onde está para ser realizado o aborto e deram início a um protesto, inclusive afirmando que a equipe médica que fará o procedimento é “assassina”.