Ataque a creche em SC: Pais falam do pesadelo no qual mergulharam ao saber que o filho estava morto

A tragédia comoveu o Brasil.

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A vida dos moradores da cidade de Saudade que fica localizada no interior de Santa Catarina, nunca mais será a mesma, o ataque à escola infantil ‘Aquarela’, que aconteceu na manhã da última terça-feira (4), acabou com a vida de cinco pessoas, duas professoras e três crianças.

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Entre as vítimas fatais está o pequeno Murilo, de 1 ano e 9 meses, filho de Kerli da Silva, de 28 anos, e Maurício Massing, de 35 anos, que relataram como foi o dia mais terrível de suas vidas.

Kerli contou que naquele fatídico dia, Murilo acordou bem cedo, tomou o leite e levou a mamadeira dele e do irmão até a cozinha e disse para a mãe “pia, pia”, para que ela as pegasse e colocasse na pia.

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Murilo frequentava a creche há apenas 2 meses, ele ficava na parte da manhã na escolinha e durante a tarde ficava aos cuidados da avó materna. Foi Kerli que levou o filho para a creche naquele dia, ele adorava a professa Larissa e dentro do carro já estava falando “Issa, issa, boi”.

Me ao lado de filho morto em ataque a creche em SC

O garotinho inteligente e esperto dizia que ia para a escola para brincar com a Issa e com o boi. Quando ele estava saindo do carro Kerli perguntou se ele queria deixar o bico com ela, ele disse que não e sorrindo se despediu: “Tchau, mamãe”.

Kerli seguiu para o trabalho em uma loja que fica perto da escolinha, as 10h20 ficou sabendo do ataque, desesperada com a notícia seguiu até o local, tentou entrar, mas foi barrada pela polícia, havia muitas ambulâncias, carros da polícia e muitas pessoas em pânico, correndo de um lado para o outro.

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“Estava todo mundo muito desesperado, chorando muito, correndo de um lado pro outro. Cheguei no mesmo instante que o pai da Sarah (uma das vítimas). Fomos pelo lado de cima da creche, e ele conseguiu entrar pelos fundos, porque não tinha ninguém barrando. Quando estava indo atrás dele, uma professora gritou: ‘O Murilo foi levado pro hospital’. Aí eu voltei, senão teria entrado com ele”, disse a mãe.

Ela então seguiu para o hospital que fica a cerca de cinco minutos da creche, ao chegar no saguão do hospital também não pôde entrar. Nervosa e com muito medo ela não conseguia recordar com qual roupa o filho estava, a mãe de uma pessoa conhecida que trabalha na unidade de saúde a viu e conseguiu saber sobre Murilo, foi quando ficou sabendo que o filho chegou no local sem vida.

Maurício, pai de Murilo, estava trabalhando fora da cidade, assim que ficou sabendo do ataque voltou para Saudade e foi orientado a seguir direto para o hospital, pois sua esposa havia passado mal e estava em um quarto sendo medicada, ao chegar na recepção perguntou pelo filho e descobriu que o garotinho estava morto.

 

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.