A Assembleia-Geral da ONU nesta segunda-feira (22) foi aberta por Jair Bolsonaro, que falou sobre a preservação do meio ambiente e também sobre a pandemia do novo coronavírus, mas segundo o Estadão, o presidente brasileiro teria contado algumas mentiras em seu discurso.
Primeiro Bolsonaro teria dito que as medidas na pandemia foram delegadas aos governadores do Brasil e o presidente enviou recursos para os estados. Mas segundo o Estadão, o presidente repetiu uma ‘alegação enganosa’ feita primeiramente no último mês de junho.
Bolsonaro disse que concedeu auxílio emergencial que somam cerca de mil dólares para 65 milhões de pessoas. O Estadão explicou que isto não é verdade, pois se fosse assim, o governo gastaria pouco mais de R$ 353 bilhões, mas o orçamento desse programa é de apenas R$ 254,2 bilhões. Sendo assim, faltariam R$ 100 bilhões para fechar a conta.
Em outra parte do discurso, o presidente disse que os incêndios no Brasil acontecem sempre nos mesmos lugares e que os índios, assim como os caboclos, queimam seus roçados. Mas o IPAM divulgou um estudo mostrando que isso não é verdade.
Jair Bolsonaro disse que no ano passado o Brasil foi vítima de um derramamento de óleo venezuelano, mas isso não é verdade. De fato, o óleo chegou às praias brasileiras, no sudeste e nordeste, mas até hoje ninguém sabe quem foi o responsável. A Marinha e a Polícia Federal trabalham em parceria neste caso, mas não descobriram o culpado até hoje.
Bolsonaro disse que o Brasil usa apenas 27% do território para pecuária e agricultura, mas segundo os dados do Censo Agropecuário do IBGE, o país utiliza 41,25% do território. O presidente alegou também que nosso país no ano passado ficou em quarto lugar em destino de investimentos diretos, mas isso não procede, já que ocupou foi a sexta posição.