Em decisão proferida nesta terça-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, acatou um pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) e expediu um mandado de prisão em face de Anderson Torres. Ele foi ministro da Justiça durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ocupou o cargo de secretário da Segurança Pública do Distrito Federal.
Na mesma decisão, Alexandre de Moraes autorizou buscas e apreensões na residência de Anderson Torres. Assim sendo, agentes da Polícia Federal comparecem ao seu endereço durante a tarde e capturaram documentos e um computador pessoal.
Anderson Torres é delegado da Polícia Federal e segue em viagem aos Estados Unidos desde o início do ano. Com os atos antidemocráticos cometidos por manifestantes no último fim de semana, acabou sendo exonerado.
Na função de secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres seria o responsável pela Polícia Militar. Acontece que a corporação não foi capaz de conter os radicais que invadiram o Congresso Nacional e causaram danos contra o Erário Público.
Além de Anderson Torres, Alexandre de Moraes também determinou a prisão de Fabio Augusto Vieira, o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal.
Ainda nesta terça-feira, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pugnou a Alexandre de Moraes que instaurasse um inquérito em face de Anderson Torres e do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
Na petição, a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo arguiu que o acervo probatório é suficiente para comprovar que “há indícios graves do possível envolvimento do governador do DF e de seus secretários, bem assim do comandante Geral da PM, em verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito”, em referência aos episódios registrados no último fim de semana na Capital Federal.