Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a pedagoga Eliane Espírito Santo da Silva é brutalmente agredida por policiais durante uma abordagem. O vídeo foi filmado pelo filho da profissional da educação.
Eliane alega que a abordagem foi violenta desde o começo e aleatória, já que o grupo de pessoas com quem ela estava não havia feito nada. Na frente do portão de casa, Eliane estava acompanhada do marido, dois amigos, um adolescente de 15 anos e uma sobrinha de 4.
O grupo estava dentro do carro quando os policiais se aproximaram. Eliane afirma que os PMs já chegaram impondo as armas e agredindo os homens que estavam no local. Num primeiro momento, os agentes mandaram ela atravessar a rua.
Eliane acatou a orientação mas pediu que o adolescente fosse liberado já que o garoto estava ali sob sua responsabilidade. O pedido não agradou os oficiais, mas ela acabou sendo atacada fisicamente quando sacou o telefone para filmar o que estava acontecendo com seu marido e amigos.
https://www.youtube.com/watch?v=1HscH7heWeE&ab_channel=Souza%21
Um policial se aproxima da pedagoga, tenta derrubá-la sem sucesso e então aplica um mata-leão. Já imobilizada, Eliane é agredida com pelo menos um soco no rosto.
Eliane e o marido acabaram detidos por desobediência e desacato, o que alegam ser uma falsa acusação. Ela afirma ter sofrido injúria racial dentro da delegacia, além de ter sido ofendida. O casal foi liberado depois de pagar R$ 800 em fiança, cada.
Ao ser liberada, Eliane se encaminhou a Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM) e registrou um boletim de ocorrência contra o homem que a atacou. O PM foi afastado.
O caso repercutiu tanto que chegou ao conhecimento do governador do estado do Amapá, Waldez Goés, que repudiou o caso e pediu investigação.
— Waldez Góes (@waldezoficial) September 20, 2020