O passado macabro do suspeito que cometeu um triplo homicídio além de abusar de duas de suas vítimas começa a vir à tona. O trabalhador da construção civil, detido sob suspeita de envolvimento em um massacre que resultou na morte de uma mãe e suas três filhas na cidade de Sorriso, que fica no interior do estado do Mato Grosso, também era procurado por autoridades na cidade de Mineiros, localizado no sudoeste de Goiás.
Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, é acusado de ter assassinado um jornalista por enforcamento e de roubar o veículo da vítima no ano 2013. O crime teria ocorrido após o jornalista tentar iniciar um relacionamento amoroso com Gilberto.
O portal de notícias G1 obteve acesso ao inquérito e à denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás à Justiça no momento em que o crime ocorreu. De acordo com os documentos, na madrugada de 22 de dezembro de 2013, Gilberto encontrou o jornalista Osni Mendes em um bar na cidade de Mineiros. Os dois iniciaram uma conversa, e em seguida, Osni ofereceu uma carona ao acusado para irem a outro estabelecimento.
Gilberto concordou com o convite, e ambos entraram no carro do jornalista. No decorrer do trajeto, Osni interrompeu a viagem, indicando que precisava fazer uma pausa para urinar, sugerindo que Gilberto também descesse do veículo para esticar as pernas.
Conforme relatado pelo acusado, enquanto estavam fora do veículo, Osni teria tentado beijá-lo à força, provocando uma reação por parte de Gilberto, que o empurrou e desferiu socos em seu rosto. A partir desse momento, os dois homens se envolveram em uma luta corporal, culminando no nocaute de Osni por Gilberto. Posteriormente, o acusado utilizou a camisa da vítima para estrangulá-la, resultando em seu falecimento.
Conforme consta no inquérito policial, após cometer o crime, Gilberto evadiu-se no veículo do jornalista e buscou refúgio na chácara de um amigo. Nos dias subsequentes, passou a utilizar o carro da vítima para adquirir cervejas. Cinco dias após o ocorrido, a polícia o localizou em um bar de Mineiros.
Quando abordado pelos policiais e questionado sobre a procedência do veículo, Gilberto não resistiu e confessou imediatamente o crime. Ele foi detido em flagrante e conduzido à delegacia.
Diante da extrema violência empregada no homicídio do jornalista e da fuga do local do crime, o delegado à época solicitou à Justiça a conversão da prisão para preventiva. O suspeito ficou preso por cerca de 160 dias, contudo em junho de 2014, conseguiu o relaxamento da prisão, e se tornou foragido.