Os altos índices de feminicídio no Brasil continuam a chocar o país. Casos como o da esteticista Michele de Abreu Oliveira, de 42 anos, encontrada morta na própria casa são exemplos trágicos dessa violência. Michele estava desaparecida há duas semanas e foi descoberta pela polícia durante diligências no local.
Michele foi achada no primeiro andar da casa enterrada sob o piso da própria casa em Palhoça, na Grande Florianópolis, onde vivia com o companheiro e o filho adolescente, que não foram encontrados até o momento. A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação: homicídio e feminicídio.
A esteticista havia pedido medida protetiva contra o ex-companheiro por violência doméstica no início do ano, mas revogou o pedido após ele ser solto em abril. A família registrou o desaparecimento de Michele em 17 de maio, mas ela já não dava notícias desde o dia 13.
Os vizinhos relataram que viram a família pela última vez no dia 17, mesmo dia do boletim de ocorrência. Membros da família disseram à polícia que o casal vivia uma relação conflituosa, levantando suspeitas sobre a possível participação do companheiro no crime.
A polícia ainda busca o companheiro de Michele para prestar esclarecimentos, embora ele não seja considerado foragido no momento. A delegada Gisele de Faria Jerônimo, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami), afirmou que a investigação começou pela casa devido ao último contato conhecido da vítima ter ocorrido ali.
Casos como o de Michele ilustram a gravidade da violência contra a mulher no Brasil, onde muitas vezes as medidas protetivas e o sistema de justiça não conseguem prevenir tragédias. É essencial continuar a luta contra o feminicídio e reforçar a proteção às vítimas de violência doméstica para evitar que mais vidas sejam perdidas de maneira tão brutal.