Um caso revoltante está chamando a atenção em Contagem, Belo Horizonte. Uma menina de 9 anos reuniu forças para pedir ajuda a uma tia paterna, depois de ser abusada intimamente pela própria mãe e o marido pelos últimos 4 anos.
A menina vivia com o pai, que é surdo, mas costumava ser pega pela mãe para passar tempo com a família materna. Nessas ocasiões, a mãe a obrigava a manter relações íntimas com o marido, de 39 anos, e participava ativamente dos abusos.
Os criminosos também são surdos e já estão sob custódia da justiça. A polícia civil divulgou o caso no último dia 2, mas a denúncia vinha sendo investigada desde o dia 19 de junho. A tia da criança, que recebeu o áudio de socorro, foi quem procurou a polícia.
A menina afirmou a tia que reuniu coragem para denunciar a situação por medo de que a irmã, de 2 anos, passasse a viver o mesmo pesadelo. A criança é filha apenas da mãe, em seu novo relacionamento. O casal de criminosos tinha a guarda da criança.
Como o casal de acusados é surdo, foi preciso que a associação de surdos de contagem participasse da investigação. Os dois foram interrogados e a mãe da criança tentou negar os abusos, mas foi entregue pelo marido que ainda deu a entender que os abusos eram “normais”.
De acordo com o depoimento do homem, os dois praticavam isso juntos. A mãe da criança abusava da filha e estimulava o marido a ter relações com ela. O homem revelou que a mãe da criança abusava da menina sozinha também.
O homem ainda afirmou, em depoimento, que não houve penetração, mas exames revelaram que a menina tinha o hímen perfurado. O homem negou ter abusado da própria filha, a caçula de dois anos, embora a polícia tenha encontrado muitas fotos da menor tomando banho.
A investigadora Roberta Rodrigues explica que o depoimento da criança foi colhido respeitando o estado emocional. Pelas declarações, Rodrigues, que também é psicóloga, afirma que a criança tem sentimentos conflituosos pela mãe. Embora não queira perder o amor da mãe, a menina também sabe que a mãe era uma agressora.
Parte da coação da mãe envolvia ameaças contra a criança, caso ela contasse algo a alguém. A mulher dizia que deixaria de amá-la ou que deixaria de ser sua mãe, ou ainda que cometeria suicídio.