Quem era Cid Moreira, um dos ícones do jornalismo brasileiro, que com sua voz marcante deu mais de 8 mil “boa-noites” ao Brasil

O jornalismo está de luto!

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O jornalismo brasileiro perdeu um de seus maiores ícones nesta quinta-feira (3), com o falecimento de Cid Moreira aos 97 anos. Internado em um hospital de Petrópolis, no Rio de Janeiro, o apresentador enfrentava problemas de saúde nas últimas semanas, tratando de uma pneumonia e um problema crônico nos rins.

A morte foi confirmada por sua esposa durante o programa Encontro, da TV Globo. Cid deixa um legado inestimável e uma carreira marcada por mais de duas décadas à frente do principal telejornal da emissora.

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Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, no dia 29 de setembro de 1927, Cid Moreira começou sua trajetória no rádio. Com formação em contabilidade, ele nunca chegou a atuar na área.

Ao invés disso, conquistou o público local com suas imitações e foi descoberto por um diretor de rádio. Em 1944, fez seu primeiro teste de locução e, em pouco tempo, passou a narrar comerciais na Rádio Difusora Taubaté.

Sua carreira progrediu rapidamente, e em 1949, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes. Anos depois, o locutor se estabeleceu no Rio de Janeiro, atuando na Rádio Mayrink Veiga e fazendo suas primeiras aparições na televisão, em 1956, na TV Rio.

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A estreia de Cid como locutor de telejornais aconteceu em 1963, no Jornal de Vanguarda, da TV Rio. Em 1969, iniciou seu longo vínculo com a TV Globo, onde substituiu Luís Jatobá no Jornal da Globo. No mesmo ano, foi convidado a assumir a bancada do recém-criado Jornal Nacional, tornando-se o primeiro apresentador do telejornal ao lado de Hilton Gomes.

Durante 26 anos no comando do Jornal Nacional, Cid Moreira se destacou pela maneira serena e firme com que transmitia notícias de grande impacto, consolidando sua imagem como um símbolo de credibilidade no telejornalismo brasileiro.

Além do jornalismo, Cid também se dedicou a projetos de narração de textos bíblicos, alcançando sucesso em gravações de trechos das escrituras em áudio.

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Essa atividade o fez ganhar ainda mais notoriedade, expandindo seu público e reafirmando sua versatilidade como locutor. Mesmo após deixar a bancada do Jornal Nacional, continuou a contribuir com a Globo em leituras de editoriais e narrando comerciais.

O falecimento de Cid Moreira marca o fim de uma era na comunicação brasileira. Com sua voz inconfundível e uma postura que transmitia confiança, ele deixou uma marca indelével no jornalismo do país.

Seu legado, que vai além das telas de televisão, é um testemunho de sua dedicação e do impacto que teve na vida de milhões de brasileiros ao longo de sua carreira. Cid Moreira será lembrado como uma referência inabalável de profissionalismo e como a voz que narrou parte da história do Brasil.

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.