Um documento publicado no Conselho Nacional de Justiça chamou a atenção na última quarta-feira (04). O documento era um mandado de prisão contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. No entanto, chamava a atenção que o documento era assinado pelo próprio Alexandre de Moraes.
“Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L“, dizia um trecho do documento.
Após a exposição do documento, o mesmo já não pode ser encontrado no sistema do CNJ. É evidente que o ministro não emitiu ordem de prisão contra si mesmo, evidenciando que o sistema foi adulterado.
Existe tanto a suspeita de um ataque hacker, quanto a suspeita de que algum funcionário, com acesso ao sistema, tenha publicado o “documento”. O CNJ não se manifestou, assim como o próprio ministro.
Não é de hoje que os sistemas do governo vem sendo invadidos para prática de crimes. Ao longo dos últimos anos, por exemplo, muitas pessoas públicas e até políticos sofreram com o problema em repetidas vezes.
A ex-deputada Manuela D’ávila, para citar um exemplo, chegou a ser dada como morta no sistema do SUS. Outras figuras públicas também já denunciaram violações em documentos pessoais nos sistemas públicos.
O texto do “documento” de mandado de prisão contra Moraes contém referências políticas e críticas a atuação do ministro, que recebe ataques de grupos bolsonaristas há anos.