Um casal que estava junto há cerca de 8 meses discutiu na madrugada do dia 10, na última sexta-feira. Segundo relatos da mulher de 47 anos, ela foi espancada pelo companheiro, de 44 anos.
A vítima disse que não foi a primeira vez que passou por essa situação. No ano passado, ele já havia sido preso por agredí-la. Depois que o mesmo saiu da prisão, eles reataram o relacionamento, em novembro de 2019, e a mulher decidiu retirar as medidas protetivas.
Eles se juntaram novamente e parecia que tudo ia bem. Mas agora em julho, quando eles estavam em casa, que fica no bairro de Santa Cruz I, em Cuiabá, os dois discutiram. O homem, nervoso, a oprimiu em um interrogatório violento.
Diante das perguntas que ela tinha que responder, se ele não gostasse das respostas da mulher, ele a agredia. A vítima disse que foi duramente espancada durante o tempo que permaneceu nas mãos do homem.
Segundo a vítima, tudo iniciou na madrugada do dia 10, após o homem beber algumas bebidas alcólicas enquanto via um filme e a mulher dormia. Por volta das 3h, a moça acordou, o que levou o companheiro a iniciar uma conversa, falando que ela estava distante.
Então, ela aproveitou o assunto para falar que queria terminar o relacionamento. A partir desse momento que se iniciaram as torturas e as perguntas. Ela relatou que foram muitos socos que recebeu.
No final do espancamento, ele desligou as luzes e coagiu a mulher a dormir junto dele. Na manhã seguinte, quando era cedo, ela se levantou como de costume para ir trabalhar. Ele permaneceu dormindo, então ela aproveitou a deixa para ir direto à delegacia denunciar tudo que vivenciou na madrugada daquele dia.
A mulher contou detalhes do que ele falava, disse que no momento em que falou sobre terminar o relacionamento, ele pediu para ela se sentar e falou para não ficar muito longe para que não apanhasse mais forte, então ela foi torturada e recebeu muitos socos.
Ele também teria falado que da outra vez que a mulher foi agredida ela teve sorte, mas dessa vez ele nem sequer tinha começado a espancá-la, que se ele pegasse pesado ela não iria aguentar.
O homem será enquadrado na Lei Maria da Penha, a medida protetiva será restaurada e ele não poderá se aproximar dela. Dados recentes afirmam que, durante a pandemia, tem crescido o número de violência contra mulher.