Uma matéria divulgada pelo portal Folha acabou deixando muitas pessoas ainda mais revoltadas com o Carrefour. Segundo a reportagem, uma mulher chegou abatida para a audiência e apresentava vários hematomas pelo corpo.
A mulher negra é dependente química e furtou um bolinho de bacalhau em uma loja do Carrefour no Rio de Janeiro, só que ela acabou sendo presa. No Tribunal, a juíza perguntou o motivo dela ter aqueles hematomas pelo corpo, mas a vítima não disse nada.
Entretanto, a juíza autorizou a entrada da companheira da vítima na sala e foi ela que convenceu a mulher a contar tudo. Em depoimento, ela contou que foi levada pelos seguranças do Carrefour para uma sala pequena, onde foi espancada abusada.
Esse ocorrido se deu em 2017 e veio à tona agora, quando a juíza Cristiana Cordeiro e o defensor público Eduardo Newton resolveram contar todos os detalhes. Os dois contaram que já não se lembram do nome da vítima, mas revelaram que ela precisou ser levada a um hospital.
A juíza contou que naquela época, o delegado mandou o preso ir primeiramente ao hospital, um procedimento diferente do que sempre acontecia. Ainda de acordo com ela, a mulher estava usando até fralda, com o corpo todo machucado e mal conseguia falar.
O defensor lembrou que exames de imagem revelavam machucados até nas partes íntimas da vítima e que ela chegou para a audiência em uma cadeira de rodas. O Carrefour foi procurado, mas alegou que não tem informações sobre esse caso e em comunicado divulgado disse que repudia todo ato de “violência, intolerância e descriminação”.