A dor de perder um ente querido, agravada por um motivo tão banal, deixou Débora, esposa do mototaxista Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, tomada por revolta e tristeza.
Thiago foi morto a tiros no último domingo, dia 1 de dezembro, em Camaragibe, no Grande Recife, após uma discussão com o policial militar Venílson Cândido da Silva, de 50 anos, que se recusou a pagar uma corrida de R$ 7.
O crime ocorreu em via pública, e câmeras de segurança capturaram o momento exato do ocorrido. Thiago conduzia Venílson na garupa de sua moto. Após parar em um ponto no bairro Alberto Maia, os dois começaram a discutir.
Em um gesto de desespero, Thiago abriu os braços, aparentemente questionando o comportamento do policial. Foi então que Venílson recuou, sacou um revólver calibre .38 e disparou contra o jovem, que morreu no local.
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Débora desabafou em meio à dor: “Como um policial, pago para proteger, age assim? São sonhos destruídos por R$ 7. Ele era um menino puro e alegre.” Além da revolta, ela criticou o despreparo de alguns agentes da polícia, temendo que tragédias semelhantes possam se repetir.
Após o crime, o policial tentou fugir em um ônibus, mas foi reconhecido e espancado por populares até ser resgatado por colegas de corporação. Ele está sob custódia no Hospital da Polícia Militar de Pernambuco e teve sua prisão preventiva decretada.
A Polícia Militar abriu um processo administrativo, que pode levar à sua expulsão, enquanto o caso é investigado pela 10ª Delegacia de Polícia de Homicídios.
Este caso trágico reforça a necessidade de maior preparo emocional para agentes da lei e destaca os impactos devastadores de atitudes impulsivas e desumanas.