A menina de 10 anos que engravidou devido aos abusos sofridos, precisou viajar do Espírito Santo até o Recife para que o aborto fosse realizado, só que um grupo de religiosos ficou na porta do hospital protestando para tentar impedir o procedimento.
Para a criança entrar no hospital, ela foi colocada no porta-malas do carro, enquanto o médico que também é diretor da Unidade de Saúde, ficou no portão principal chamando a atenção das pessoas que foram até lá e promoviam um bloqueio nas entradas.
De acordo com o médico Olímpio Moraes, ainda no aeroporto as pessoas anotaram a placa do carro que levaria a menina grávida até o hospital e a informação logo foi repassada ao grupo que se encontrava na Unidade de Saúde.
Olímpio disse ao portal UOL que diante daquela confusão que se formou, foi preciso distrair a atenção da multidão e assim ninguém desconfiou que a menina estava no porta-malas de um dos carros que entrou no hospital.
Enquanto a criança era levada para dentro da Unidade de Saúde, o médico ficou ouvindo a multidão chamá-lo de ‘assassino’.
Movimento de mulheres se mobiliza em Recife 👇👇👇 pic.twitter.com/KwKrm6a6PA
— rafaela marques (@rafalelamarques) August 16, 2020
A menina foi acompanhada por uma das coordenadoras do Grupo Curumim. Quando os policiais chegaram, a criança já estava dentro da unidade. A polícia teve muito trabalho para impedir que aquelas pessoas invadissem o hospital.
Ainda não foi informado quando a criança receberá alta hospitalar, mas as autoridades estão decidindo onde ela e a família irão ficar, já que se tornou inviável continuar na cidade onde moravam.