Antecipando a greve dos caminhoneiros, que vinha sendo convocada para ter início hoje, a Advocacia Geral da União (AGU) entrou na Justiça e conseguiu liminares que garantem a liberação das estradas. Isso para impedir que os caminhoneiros bloqueiem as rodovias.
Em muitas das liminares, juízes estipularam valores de multa em caso de descumprimento. A decisão não impede a paralisação dos caminhoneiros, mas atenua seu impacto – embora, a longo prazo, o desabastecimento possa se tornar caótico.
A estratégia da greve dos caminhoneiros, geralmente, é a de bloqueio parcial ou total de rodovias. Dessa forma, os protestantes acabam causando mais impacto e atingindo seus objetivos de forma mais rápida. Por conta disso, líderes da categoria tem tentado reverter a decisão da Justiça.
Wallace Landim, popularmente conhecido como Chorão, é presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores) e falou ao site 6 Minutos, confirmando a tentativa dos caminhoneiros.
Ao todo, existem 29 liminares ativas que garantem a proibição do bloqueio das estradas. Com isso, os caminhoneiros não podem impedir o trânsito de nenhum outro veículo, incluindo caminhoneiros que não tenham aderido a greve.
Os caminhoneiros possuem uma série de reivindicações, mas a principal delas diz respeito ao preço exorbitante do combustível. Para a maioria, o diesel é o principal e este combustível já sofreu reajuste de mais de 34% nos últimos 12 meses. A categoria alega não ter condições de trabalhar com o preço do diesel.