Devido à pandemia, todas as vítimas da doença, não podem ser enterradas com velório tradicional, então os familiares realizaram um ato rápido, sem cerimônia nesta quarta. O caixão encontrava-se lacrado e enrolado sob um plástico.
Umas horas depois, já na madrugada desta quinta-feira (8) os familiares souberam que aquele corpo que foi sepultado não era o corpo da familiar Ana Maria. Eles foram de novo ao cemitério. Quando chegaram, levaram outro susto. O jazido da família, se encontrava aberto, e no interior não havia nenhum caixão.
“Fomos para o cemitério para recebê-la. Chegou aqui, o carro da funerária disse que não poderia abrir o caixão, por ser Covid. Fizemos a oração, nos despedimos, ela foi enterrada e fomos embora. De madrugada, minha prima recebeu uma ligação do hospital, de que os corpos foram trocados. Não era a tia Nana” descreveu uma sobrinha da vítima, Luciana Dias.
O corpo trocado, foi devolvido à unidade hospitalar, para que a troca fosse feita. Já no inicio da tarde, desse mesmo dia o respetivo corpo de Ana Maria chegou ao cemitério. Para espanto da família, os agentes não seguiam as respetivas ordens dadas pela DGS, como meios de proteção, e o caixão não estava enrolado no devido plástico, e a tampa de madeira sobre o vidro da urna foi aberta. Assim como da primeira vez, foram os familiares que carregaram o caixão.
A família da idosa quer justiça, no qual irá dar entrada com um processo judicial para responsabilizar os responsáveis por danos na troca dos corpos.