Um caso de 2011 teve decisão da Justiça publicada agora, mais de 10 anos depois. O caso aconteceu em em Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha (MG), quando duas mulheres morreram após falha de uma farmácia.
Segundo as informações do caso, mãe e filha fizeram uso de um medicamento que teve erro na manipulação. As duas morreram e, em 2012, familiares entraram com ação na Justiça. O marido, e outra filha do casal, ganharam a causa mais de 10 anos depois.
Mãe, de 45 anos e filha, de 22, haviam recebido diagnóstico de amebíase. Ambas receberam receita para tratamento usando Secnidazol, que estava em falta na cidade. Para fazer o tratamento, tiveram que encomendar o remédio.
Logo após ingerirem o medicamento, as duas começaram a passar mal. Ambas chegaram a ser internadas, mas não resistiram as complicações. Após o óbito, foi confirmado que, no lugar do Secnidazol, as mulheres tomaram Anlodipina.
Por decisão da Justiça, publicada agora após todos os trâmites processuais, uma Farmácia (proprietário) e duas farmacêuticas foram condenadas. A família deve receber indenização de R$ 200 mil.
Na ação, a família alegava que ambas as mulheres eram saudáveis e não tinham comorbidades. A Juíza do caso entende que, mesmo sem culpa, a responsabilidade da farmácia de manipulação era objetiva.
Não há informações claras se o caso também foi denunciado na esfera criminal. As identidades dos envolvidos não são citadas, a fim de preservar a privacidade dos familiares das vítimas.
