A delegada Barbara Lomba, que esta a frente do caso do anestesista preso por estupro, conversou com o Metrópoles e deu detalhes de como andam as investigações. Um dos pontos que chama a atenção no caso, segundo a delegada, é a postura adotada pelo acusado.
Segundo depoimentos de testemunhas ouvidas pela polícia, Giovanni Quintella Bezerra era conhecido por adotar uma postura de “poder” dentro do centro cirúrgico. Para a delegada, o criminoso agia com certeza de que não seria pego.
“Ele acreditava plenamente na posição e no poder dele, na impunidade”, afirma a delegada. A delegada ainda revelou o depoimento de uma das enfermeiras ouvidas no processo. A profissional afirmou, em depoimento, que se aproximou do criminoso antes do começo do procedimento e sua presença no local o teria incomodado.
“Ela relata que ele ficou incomodado e, inclusive, começou a olhar de forma intimidadora para ela, começou a tratá-la rispidamente, dando a entender que ela não deveria estar na sala”, revelou a delegada.
O caso ganhou todas as páginas de jornal nesta semana, depois que a equipe de enfermagem agiu para flagrar o médico em atividade criminosa. Segundo as investigações, a equipe já tinha suspeitas há cerca de um mês, mas apenas agora conseguiu agir.
Para a polícia, a suspeita é de que o criminoso seja autor de crimes em série – ou seja, é provável que existam outras vítimas do mesmo crime. Outras cinco famílias procuraram a polícia para denunciar Giovanni.