Silvio Santos, um dos maiores nomes da televisão brasileira, faleceu neste sábado (17) aos 93 anos, deixando um legado impressionante como apresentador e empresário.
Fundador do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), Silvio construiu ao longo de décadas o Grupo Silvio Santos (GSS), um conglomerado bilionário que abrange setores como mídia, cosméticos, capitalização, incorporação imobiliária e hotelaria.
A trajetória de Silvio começou de forma humilde, como camelô nas ruas do Rio de Janeiro. Sua habilidade nata para vendas e comunicação o levou a assumir o Baú da Felicidade em 1958, marco inicial do GSS.
Com uma visão aguçada para negócios, ele expandiu o sistema de carnês do Baú, diversificando os produtos e consolidando a empresa como uma das maiores do país.
Em paralelo, Silvio estreou na televisão em 1963 com o “Programa Silvio Santos”, que se tornaria uma das atrações mais duradouras da TV brasileira. A consolidação de Silvio como empresário se deu com a criação do SBT em 1981, após receber concessões de transmissão que permitiram a fundação da emissora.
O canal rapidamente se destacou com programas de grande sucesso, como “Topa Tudo Por Dinheiro” e “Roda a Roda”, ambos comandados por Silvio, e o “Domingo Legal”, apresentado por Gugu Liberato.
Ao longo dos anos, o SBT se tornou uma das principais redes de televisão do Brasil, alcançando milhões de lares e consolidando a influência de Silvio no cenário midiático.
O sucesso de Silvio também se refletiu na expansão do GSS para outros setores. Em 2006, ele fundou a Jequiti, uma empresa de cosméticos que competiu diretamente com gigantes do mercado como Natura e Avon.
A Jequiti rapidamente se tornou uma das maiores empresas do segmento no país, com uma vasta rede de consultoras e um forte foco em produtos de perfumaria. A expansão da marca consolidou ainda mais a posição de Silvio no mundo dos negócios.
Contudo, nem tudo foi tranquilo na trajetória empresarial de Silvio. Em 2011, ele enfrentou uma crise significativa com o banco PanAmericano, do qual era acionista controlador.
Após a descoberta de um rombo contábil, o banco precisou de um aporte de R$ 2,5 bilhões, financiado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Para salvar o grupo, Silvio vendeu o PanAmericano ao BTG Pactual por R$ 450 milhões, preservando assim outros ativos importantes como o SBT e a Jequiti.
A resiliência e a capacidade de Silvio Santos em superar desafios e transformar adversidades em oportunidades são marcas de sua trajetória. Em 2013, ele foi incluído pela primeira vez na lista de bilionários da revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 1,3 bilhão.
Na ocasião, a revista destacou Silvio como a primeira celebridade bilionária do Brasil, um título que refletia décadas de trabalho e inovação. Silvio Santos deixa um legado que vai muito além de sua imagem na televisão.
Seu império empresarial continua a influenciar diversas áreas da economia brasileira, e suas contribuições para a cultura e o entretenimento são inegáveis. Sua história inspira não apenas aqueles que o acompanhavam na TV, mas também empreendedores que buscam transformar seus sonhos em realidade.
Com sua partida, encerra-se um capítulo significativo da história da televisão e do empreendedorismo no Brasil, mas seu legado certamente perdurará, os fãs do empresário estão devastados.