Cozinheira procura um novo recomeço depois de ter as pernas amputadas, por causa da Covid:19:”Tive que aceitar”

A cozinheira, passou por sintomas leves, mas devido a problemas relacionados com a circulação de sangue, ela teve uma trombose, no qual causou amputamento de uma parte das pernas. Em suas palavras, Márcia conta que pediu a Deus, para a deixar viva, para não a deixar morrer, e se a forma que tinha dele e a ajudar, era essa, então ela teve que aceitar.

A cozinheira, reside em Franca (SP), ela passou por quatro testes, para ser diagnosticada com a doença. Ela sempre foi uma pessoa ativa, mas a maior dificuldade que passou depois de ter contraído a doença, era somente ficar na cama.

Márcia, ressalta que atualmente, ela precisa de ajuda até para ir no banheiro. É muito difícil estar parada, que se sente meio ansiosa.

Dores e amputação

Depois de ter a confirmação para a doença, do coronavírus, Márcia permaneceu dois dias na unidade hospitalar do Coração. Uma semana depois de receber a alta médica, a cozinheira começou a ter dores nas pernas.

Ela desconfiava, que fosse algo relacionado com uma cirurgia, que ela tinha realizado há dez anos na hérnia, e por isso suspeitou que as dores eram causadas por isso. Ela disse ainda, que começou a piorar e o pé mudou de cor, e inchou. No qual a médica percebeu se tratar de uma trombose e internou.

Quando a cozinheira deu inicio ao tratamento, não foi possível evitar a amputação. A primeira, foi no dia 26 de novembro na perna direita. Dois dias depois, ela saiu do hospital, mas as dores no outro pé permaneceram ainda mais intensas.

Ela contou que no dia seguinte, regressou à Santa Casa, e foi hospitalizada novamente, e daí deu inicio ao tratamento ao outro pé. Dessa vez, o tratamento podia ser realizado em casa. Márcia usou medicamentos, durante três meses, e no passado 18 de fevereiro, realizou a segunda amputação.

Recuperação:

De acordo com a cozinheira, a recuperação de ambas as cirurgias é lenta. Márcia ficou completamente independente, e precisa de ajuda de alguns amigos e familiares, para realização de todas as atividades.

Ela ressalta que a casa precisou de passar por uma reforma, e teve a ajuda de muita gente. Que cada dia, chegava um saco de cimento, e outros materiais, no qual ninguém sabia de onde surgia.

Ela tem uma filha de nove anos, que está sempre perto para decorrer a mãe, que também tem ajuda de apoio psicológico, para superar os dias mais difíceis. A menina, ajuda a mãe, a ir no banheiro, dar banho entre outras tarefas da casa.

Solidariedade

A cozinheira, precisa de próteses, mas não tem condições financeiras para adquirir, então deu inicio a uma arrecadação de lacres de latas de alumínio para conseguir juntar o valor. Para conseguir os equipamentos, ela precisa de juntar ao menos doze mil garrafas, de dois litros cheias de lacres. Em duas semanas, ela conseguiu duzentas.

A solidariedade, chegou a até Curituba, onde uma das filhas reside, e amigos e familiares embarcam na ajuda da conquista das próteses de Márcia.