Chilenas protestam contra decisão da justiça que negou prisão preventiva a homem suspeito de abuso; vítima tirou a própria vida

O juiz que cuida do caso alegou que Martín possui “bom comportamento” e que não existem provas suficientes contra ele.

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No fim do ano passado, Antonia Barra, 21, realizava uma viagem com a amiga e seu namorado. Tudo seria apenas mais um passeio, mas terminou de forma trágica. A jovem foi abusada intimamente e o principal suspeito é Martín Pradenas, 28 anos.

Martín é suspeito em outros 5 casos de abuso íntimo e, ainda assim, o juiz que analisa o caso negou o pedido de prisão preventiva. A decisão enfureceu as mulheres chilenas, que cobram das autoridades que esse tipo de caso receba maior rigor.

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O juiz que cuida do caso alegou que Martín possui “bom comportamento” e que não existem provas suficientes contra ele. Em outro momento, o juiz chega a declarar “só vejo um casal andando” sobre o vídeo em que Pradenas aparece caminhando ao lado da vítima.

A jovem, Antonia Barra, foi abusada em meados de setembro. Cerca de 3 semanas depois, ela conseguiu coragem para falar sobre o caso pela primeira vez. Barra ligou para o ex-namorado, Rodrigo Canário, contando sobre o abuso que sofreu.

O homem, no entanto, não ofereceu apoio e, além de xingá-la durante a ligação, gravou a conversa e divulgou o áudio para ridicularizá-la. No dia seguinte, Canário recebeu uma mensagem de despedida, Antonia tirou a própria vida.

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Além do caso Antonia Barra, a sociedade chilena está questionando o judiciário sobre outra decisão do juiz Federico Gutiérrez. Além de negar a prisão preventiva de Pradenas, o juiz também determinou a prescrição de outras duas denúncias contra ele por abuso íntimo.

A família da jovem Antonia Barra procura ter esperança e apela para as mulheres chilenas que denunciem esse tipo de crime. Alejandro Barra, pai da jovem, afirma que a filha não quis preocupá-los e lidou com tudo sozinha.

“Tudo pode ser revolvido, exceto a morte”, desabafou o homem que também se uniu aos protestos por mudanças no tratamento deste tipo de caso. Hoje, no Chile, esse crime prescreve após 5 anos. Ou seja, após 5 anos, o agressor não pode mais ser punido.

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Roberta R

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